domingo, 1 de março de 2009

O Rio de Janeiro e a cultura do lambe-lambe


Um dia desses acordei mais tarde que o eventual. Tive que me arrumar correndo para não chegar atrasado ao trabalho. Peguei o carro, pois depois das seis da manhã o trem fica impraticável, e caí de corpo e alma no engarrafamento nosso de cada dia, coisa de carioca. Liguei o rádio e me pus a pensar na vida, só amenidades, nada de muito importante. Acho que era um quarta ou quinta feira. Num daqueles momentos de “anda e para” virei para o lado e avistei um muro enorme lotado de lambe-lambe de ponta a ponta. Pronto, em alguns segundos surgiram várias vertentes de boa diversão para o fim de semana.
Acho interessante essa profusão de cores que se espalha por muros e compensados, antes feios e descascados, na cidade.
Um viva e três salvas de palmas ao lambe-lambe, poluição visual é você VER caminhão e ônibus com selo de vistoria em dia expelindo fumaça preta pelas ruas, pessoas urinando embaixo de viadutos e babaquinhas de terno e gravata jogando panfleto no chão em pleno Largo da Carioca.

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