terça-feira, 4 de dezembro de 2012

50 Tons de Verde


Verde


O verde do mar do Recreio

Da Floresta da Tijuca

O verde ao lado do branco da minha Mocidade Independente de Padre Miguel

O verde da bandeira do Brasil

Do sinal aberto

O verde-limão da camisa da Pakalolo

E da chuteira do Neymar

O verde da perereca, do papagaio e da maritaca

Da Costa Verde

Da Lagoa Verde em Ilha Grande

O verde dos olhos da menina em 1993

O verde do primeiro carro

Do alface, da rúcula e do agrião

O verde da maça, mesmo madura

O “Verde que te quiero” da música do Fagner

Do Império e da Imperatriz

Do sorvete de limão

E da caipirinha, tradicional, é claro

O verde do Absinto

Do Hulk e do Lanterna

Da natureza como um todo

O verde da esperança

E outros 28 tons de verde

Porque cinza é feio pra caralho.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Filosofia

Cansado de ouvir tanta abobrinha,

Tanta chatice,

E o pior, tanta idiotice.

Cheguei a conclusão

Que filosofia boa mesmo

É a de botequim.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dia a dia diria eu

UM DIA

QUEM DIRIA

DIVIDIRIA

O MEU DIA

COM UMA DIVA

DIVINA

AGORA

DIARIAMENTE.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sem razão.

Rompi o cordão umbilical

Que ligava a minha cabeça

ao meu coração.

Amo sem razão mesmo

e

Foda-se.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Horizonte


O céu desaba bem na minha frente

O cinza do asfalto se une ao céu

Horizonte assustador com cheiro de chuva

Cadê você quando tá frio?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Escolhas

A chuva cai lá fora
E aqui caem mil problemas
Bem sobre a minha cabeça
Dúvidas, rancores
Fé e nostalgia

Escolhas

As escolhas são foda!!!


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mais uma tarde de verão


A chuva bate na janela
Nessa tarde de verão
Nem amor
E nem nostalgia
Somente
A insuperável vontade
De comer um misto quente
Bem no meio
De um dia de trabalho.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O luto continua.

Hoje se completa um ano que aconteceu aquela tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde morreram milhares de pessoas em Nova Friburgo, Teresópolis e Itaipava.

Outros milhares de pessoas ficaram desabrigadas.

Animais domésticos foram abandonados a própria sorte.

Crianças ficaram órfãs.

Políticos prometeram, colocaram os pés na lama e até choraram.

E sabe o que aconteceu depois de um ano?

Porra nenhuma!!!

O medo continua, pessoas continuam desabrigadas, o cenário continua manchado de lama e dor.

Nossos mortos não voltaram.

Ao políticos só desejo que tomem vergonha na cara.

Não se brinca com a vida dos outros.




Esses três aí se foram e deixaram muitas saudades, corações partidos e um sentimento de indignação imenso em relação a nossos representantes políticos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Atualização monetária da música do Chico.

Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer, e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague

R$ 622,00

Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague

R$ 622,00

Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague

R$ 622,00

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague

R$ 622,00

Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague

R$ 622,00

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague

R$ 622,00.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

No fim.

No fim do mês
Apertamos o cinto
Apertamos o baseado
Apertamos o seio alheio
Apertamos mais que
Gostaríamos de apertar




No fim do dia
A garganta inflama
A garganta clama
Chama a chama
Que acaba queimando
Mais que gostaríamos
De queimar




No fim da vida
O passado bate
O reumatismo bate
A saudade bate
A consciência bate




A conclusão é a seguinte:
Batemos a vida toda
E no fim apanhamos
Mais que gostaríamos
De apanhar.